São Paulo (SP) – Dois policiais civis do Denarc foram presos na manhã desta quarta-feira (10) suspeitos de receber R$ 1 milhão em propina para ajudar um traficante do PCC (Primeiro Comando da Capital). A operação foi realizada pelo Ministério Público de São Paulo, por meio do Gaeco, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil e da Polícia Federal.
Além dos policiais, o advogado do traficante também foi preso, suspeito de intermediar o pagamento e participar do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. Um terceiro policial era investigado, mas não teve prisão decretada.
Propina foi paga para proteger traficante do PCC
Segundo os promotores, o dinheiro foi pago para que os policiais barrassem uma investigação contra um traficante conhecido como “Costurado”, ligado ao PCC. Ele estaria envolvido no transporte de 345 kg de drogas apreendidos no fundo falso de um caminhão frigorífico no ano passado.
Durante a investigação, a quebra de sigilo telemático permitiu o acesso a um vídeo com diálogo sobre o pagamento da propina. Esse material foi usado como prova para justificar as prisões e os mandados de busca e apreensão.
Mandados cumpridos no Denarc e em casas dos envolvidos
Os mandados foram cumpridos em endereços residenciais dos investigados e também na sede do Denarc, no bairro do Bom Retiro, região central de São Paulo. A Justiça também determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 1 milhão, correspondente à quantia paga como propina.
O caso levanta suspeitas sobre a infiltração do crime organizado dentro de órgãos de repressão ao tráfico. O Gaeco segue investigando o envolvimento de outros agentes públicos.
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