Caarapó (MS) – A Polícia Civil concluiu a investigação sobre a gravidez de uma adolescente indígena de 12 anos e indiciou o padrasto da vítima, de 30 anos, por estupro de vulnerável. O caso aconteceu na aldeia Te’yikue, zona rural do município, a 273 km de Campo Grande.
O homem foi apontado como pai da criança após um exame de DNA confirmar a paternidade com 99,99% de certeza. A coleta do material biológico foi feita após o nascimento do bebê.
Suspeita começou após atendimento do Conselho Tutelar
O caso veio à tona há pouco mais de um ano, durante um atendimento de rotina do Conselho Tutelar. Técnicos identificaram sinais de gravidez avançada na adolescente, que teve a gestação confirmada por laudo médico.
Na época, a menina e a mãe disseram que o pai seria um colega da escola, de 17 anos. O jovem, no entanto, negou qualquer envolvimento íntimo com a vítima.
Padrasto ficou nervoso e levantou suspeitas
Durante visitas de acompanhamento do Creas, os técnicos notaram que o padrasto se mostrava nervoso e evitava falar sobre a gravidez. Ele foi levado à delegacia, onde negou o abuso.
Diante das contradições e do comportamento suspeito, a Polícia Civil solicitou o exame de DNA. O laudo foi realizado pelo Instituto de Análises Laboratoriais Forenses.
“Chegamos finalmente à fase de provas periciais com o nascimento da criança, providenciamos a coleta de material biológico da criança e fizemos um comparativo com o material biológico do padrasto que era o principal suspeito”, disse o delegado Ciro Jales.
Pena pode chegar a 27 anos de prisão
Com a confirmação da paternidade, o inquérito foi concluído. O homem foi indiciado por estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal. A pena pode chegar a 27 anos de prisão, agravada pelo vínculo familiar e pela gravidez da vítima.
O nome do acusado não foi divulgado para preservar a identidade da menor.
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