Brasília (DF) – Iraci Bezerra dos Santos Cruz, de 43 anos, foi presa após confessar ter matado a enteada de 7 anos, Rafaela Marinho de Souza, na Cidade Estrutural. O crime brutal aconteceu na última sexta-feira (21/11). A mulher já era procurada pela Justiça por outro homicídio cometido no Pará em 2023.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Iraci enforcou a criança com um cinto e deixou o corpo pendurado em uma pilastra dentro da casa onde moravam. Após o crime, ela caminhou até a 8ª Delegacia de Polícia e se entregou espontaneamente.
Assassinato da enteada chocou vizinhos
De acordo com testemunhas, a menina era descrita como “carinhosa e tranquila”. A motivação do crime pode ter sido ciúmes da relação entre pai e filha. A PCDF ainda investiga o histórico familiar e possíveis episódios anteriores de violência.
Iraci teria dito à polícia que matou Rafaela porque a menina afirmou preferir morar com uma vizinha. O caso foi registrado como homicídio qualificado, com agravantes.
Iraci também matou o ex-companheiro no Pará
O crime anterior aconteceu em dezembro de 2023, no distrito de Castelo dos Sonhos, em Altamira (PA). Iraci morava e trabalhava com o então companheiro, Marcos Gomes, conhecido como “Negão”.
Ela confessou o assassinato em uma ligação para a esposa do patrão:
“Eu matei ele lá, pode chamar a polícia”
Segundo os patrões, Marcos costumava agredir Iraci. Após o crime, ela atirou no homem, queimou o corpo e parte da arma. Depois, fugiu e não foi mais vista na cidade.
Mandado só foi cumprido após novo crime
O Ministério Público do Pará (MPPA) havia pedido a prisão preventiva de Iraci, mas o mandado só foi cumprido após o assassinato da enteada em Brasília. Durante a prisão, os policiais descobriram que ela já era procurada pelo homicídio do ex-companheiro.
Na fazenda onde o casal trabalhava, a polícia encontrou uma espingarda calibre 28 com digitais de Iraci. A arma pertencia à vítima.
Justiça do Pará quer Iraci de volta para responder por crime
Após a prisão no DF, a Justiça do Pará enviou uma carta precatória solicitando que Iraci responda também pelo assassinato de Marcos Gomes.
Testemunhas disseram que a mulher tem filhos que trabalham em um supermercado na região de Altamira.
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