Boa Vista (RR) – A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (2) 17 pessoas ligadas ao PCC, acusadas de comandar pontos de venda de drogas como crack e K9 em Roraima. Os alvos seriam os chamados “gerentes de lojinhas”, que mantinham o tráfico funcionando mesmo após prisões anteriores.
A Operação Sucursal foi coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), com participação da PF, Polícia Civil, Polícia Militar, Sejuc e Sesp. Também foram cumpridos sete mandados de busca em endereços ligados à facção.
Modelo de franquia do PCC chegou a Roraima
Segundo a investigação, o PCC aplicava em Roraima o mesmo sistema de “franquias” usado em São Paulo. Cada gerente administrava uma “loja” de drogas e prestava contas diretamente à cúpula da facção.
As apurações começaram em 2024, durante a Operação Franchising. Na ocasião, a polícia identificou um esquema estruturado de distribuição. Celulares apreendidos revelaram planilhas de contabilidade, vídeos e registros de repasse entre os gerentes e os líderes do grupo.
Facção trocava gerentes para manter vendas ativas
Mesmo com prisões anteriores, o PCC mantinha os pontos de venda ativos. Em novembro de 2024, um dos gerentes foi flagrado com 14 celulares, que seriam entregues a novos responsáveis pelas “lojinhas”.
Ao todo, os alvos da operação respondem por 101 crimes, incluindo homicídios, roubos, estupros coletivos, corrupção de menores, tráfico e associação para o tráfico.
“A facção se estruturou como uma empresa: com hierarquia, regras próprias e forte capacidade financeira”, informou a FICCO.
Leia a nota da FICCO na íntegra
“A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/RR), composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) e Secretaria de Segurança Pública (Sesp), deflagrou nesta quinta-feira (2) a Operação Sucursal, que resultou na prisão de 17 indivíduos ligados ao tráfico de drogas e à facção PCC. A ação também cumpriu sete mandados de busca e apreensão. As investigações apontam que os presos atuavam como gerentes de pontos de venda de drogas, operando sob o modelo de franquias criminosas.”
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