Humaitá (AM) – Um novo confronto entre a Polícia Federal e garimpeiros marcou a manhã desta segunda-feira (15) no interior do Amazonas. Durante uma operação contra o garimpo ilegal, agentes federais queimaram dragas em frente à cidade, o que gerou revolta e tensão entre os moradores.
Segundo relatos locais, a ação foi marcada por tiros de bala de borracha e uso de força, o que causou pânico em áreas próximas a escolas e residências. A operação integra uma série de ações para combater a mineração ilegal na região do Rio Madeira e seus afluentes.
Garimpeiros reagem e clima de caos se instala
Moradores afirmam que a cidade virou um “cenário de guerra”. A destruição das dragas ocorreu em frente à zona urbana, sem aviso prévio. “Transformaram nossa cidade em um caos, sem pensar nas famílias e nas crianças”, disse um morador.
Desde 2024, Humaitá tem sido palco de operações federais intensas. A mais violenta foi a Operação Prensa, em agosto de 2024, que resultou na destruição de mais de 300 balsas e na prisão de 16 pessoas após ataques com rojões e bombas caseiras.
Histórico de operações e tensão crescente
Em 2025, a Operação Reditus inutilizou 25 dragas em Humaitá. Antes da ação, garimpeiros já articulavam resistência armada. Em agosto do mesmo ano, a Operação Barões do Filão desmontou um esquema criminoso em outra área do Amazonas, bloqueando R$ 74 milhões em bens.
A atuação da PF conta com apoio do Ibama, Funai e ICMBio. O objetivo é conter os danos ambientais causados pelo uso de mercúrio na extração de ouro, que contamina os rios e ameaça comunidades ribeirinhas e indígenas.
Leia a nota da Polícia Federal na íntegra
“A Polícia Federal, com apoio de órgãos ambientais, realizou operação de combate ao garimpo ilegal na região de Humaitá (AM). Foram inutilizadas estruturas ilegais de extração de ouro, em conformidade com a legislação ambiental. A ação visa proteger o meio ambiente e combater crimes contra a União.”
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