Durante o velório da biomédica Giovana Ribeiro, grávida de sete meses, o companheiro dela, João Vitor, fez um desabafo emocionante. Ele responsabilizou o prefeito de Manaus, David Almeida, pela tragédia. A jovem morreu após cair de moto em um buraco na Avenida Djalma Batista, na noite de domingo (22).
“Agora o senhor vai ser pai. Imagina a dor que é. Ninguém nessa cidade é mais culpado do que o senhor”, disse João, comovido, durante a cerimônia no bairro Monte das Oliveiras, Zona Norte da capital.
Buraco causou o acidente fatal em Manaus
Segundo testemunhas, Giovana e João trafegavam pela avenida quando a moto caiu em um buraco. Ela foi arremessada contra o canteiro central. O SAMU tentou reanimá-la, mas ela morreu no local.
A filha do casal, que se chamaria Maria Carolina, também não resistiu. A jovem estava nos últimos dias da gestação.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou as causas da morte:
- Anemia e hemorragia aguda
- Traumatismo torácico e abdominal
- Ação contundente
- Feto natimorto
Prefeitura tapou o buraco após tragédia
Na manhã seguinte ao acidente, a Prefeitura de Manaus tapou o buraco que causou a queda. A atitude gerou revolta nas redes sociais.
“Buraco, o causador do acidente. Que o município seja responsabilizado”, escreveu um internauta. Muitos cobraram mais cuidado com a infraestrutura urbana.
Família lamenta a perda de mãe e filha
Nas redes sociais, parentes de Giovana expressaram dor e indignação. O irmão Dhavid Corrêa Jardim escreveu: “A morte levou a Maria Carolina. Estávamos ansiosos pela sua chegada”.
Outro irmão, Giovani Ribeiro, também se manifestou: “Ela era uma menina de ouro. Esse mundo não era digno dela”.
Até o momento, a Prefeitura de Manaus não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Giovana e Maria Carolina viram símbolo de descaso
O caso gerou comoção na cidade e levantou debates sobre a falta de manutenção das ruas. Moradores cobram medidas urgentes para evitar novas tragédias.
João Vitor, agora viúvo e sem a filha, encerrou sua fala com um apelo: “Empatia. Coloque-se no meu lugar, prefeito”.
A morte de Giovana e Maria Carolina virou símbolo do descaso com a segurança viária em Manaus.