O venezuelano Luís Domingo Siso, de 63 anos, foi condenado a 97 anos de prisão pelo incêndio criminoso que matou três pessoas em uma casa lotérica no Centro de Manaus. O crime aconteceu em agosto de 2022, após uma briga durante o atendimento no local.
A sentença foi dada nesta segunda-feira (9), após julgamento no Fórum Ministro Henoch Reis. O júri popular levou cerca de 10 horas para decidir. A pena será cumprida em regime fechado.
Homem que incendiou lotérica e matou três em Manaus
O caso chocou a população de Manaus. O ataque aconteceu na lotérica do Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Segundo o Ministério Público do Amazonas (MPAM), o réu usou fogo para se vingar após um desentendimento com os funcionários.
As vítimas foram:
- Stefani do Nascimento Lima
- Carlos Henrique da Silva Pontes
- Henison Diego da Silva Mota
Uma quarta pessoa, Andrielen Mota de Assis, sobreviveu ao incêndio e prestou depoimento durante o julgamento.
Condenado por triplo homicídio e tentativa de assassinato
Luís Domingo Siso foi condenado por:
- Triplo homicídio duplamente qualificado
- Tentativa de homicídio
- Uso de fogo
- Exposição ao perigo comum
- Incêndio em edifício público
O promotor Márcio Pereira de Mello, responsável pelo caso, afirmou que a decisão foi justa diante da gravidade do crime. “O Tribunal do Povo deu uma resposta proporcional a esse bárbaro crime”, declarou.
Relembre o ataque na lotérica de Manaus
O crime aconteceu em 16 de agosto de 2022. De acordo com testemunhas, o homem ficou irritado com o atendimento e saiu do local. Pouco tempo depois, voltou com combustível e ateou fogo na lotérica.
As chamas se espalharam rapidamente, deixando três mortos e uma sobrevivente. O incêndio também causou danos ao prédio histórico onde funcionava o estabelecimento.
O caso foi investigado pela Polícia Civil do Amazonas e denunciado pelo Ministério Público do Amazonas. Desde então, o réu aguardava julgamento preso.
Justiça condena crime brutal em Manaus
Com a sentença, Luís Domingo Siso deverá cumprir 97 anos em regime fechado. A decisão reforça o compromisso do sistema judiciário com a punição de crimes graves.
O caso serve de alerta para a importância da segurança em espaços públicos e da resposta rápida da Justiça em situações extremas.