A Justiça do Amazonas retomou nesta terça-feira (13) a audiência do caso Julieta Hernández, artista assassinada em 2023 em Presidente Figueiredo. A sessão aconteceu no Fórum Desembargadora Nayde Vasconcelos, no interior do estado.
Julieta era cicloviajante e interpretava a palhaça Jujuba. Ela foi brutalmente morta por um casal durante sua estadia na cidade. O corpo foi achado enterrado em uma cova rasa, perto do refúgio onde estava hospedada.
Justiça ouve última testemunha do caso Julieta Hernández
A audiência foi retomada para ouvir a última testemunha: um guarda municipal. Ele não havia comparecido na sessão anterior, realizada em 3 de dezembro de 2024, o que causou a suspensão do processo naquela data.
Durante a nova audiência, integrantes da União Brasileira de Mulheres na Amazônia protestaram do lado de fora do fórum. O grupo exigiu que o crime seja classificado como feminicídio, e não como latrocínio, como consta atualmente.
Relembre o crime brutal em Presidente Figueiredo
Julieta foi atacada por Thiago Angles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos. O casal confessou o crime à polícia. Segundo a investigação, a artista foi estuprada, queimada e enterrada logo após o assassinato.
Os dois suspeitos respondem por:
- Estupro
- Latrocínio (roubo seguido de morte)
- Ocultação de cadáver
O caso chocou a população de Presidente Figueiredo e ganhou repercussão nacional. Julieta viajava pelo país de bicicleta, levando arte e alegria a comunidades do interior.
Próximos passos no julgamento
Com a oitiva da última testemunha, o processo segue para as alegações finais da acusação e da defesa. A Justiça deve decidir se os réus vão a júri popular.
O Ministério Público do Amazonas ainda pode pedir a reclassificação do crime para feminicídio. A mudança depende da análise do juiz responsável pelo caso.
Para mais informações sobre o andamento do processo, acesse o site do Tribunal de Justiça do Amazonas.
O site Polícia 190 seguirá acompanhando o caso Julieta Hernández e trará atualizações assim que novas decisões forem tomadas.