Miqueias Lima da Silva e Murilo Marinho de Araújo foram condenados pelo assassinato brutal de pai e filho em Manaus. As vítimas, Cloves Fernandes Barbosa, 52, e Jardson Nunes de Melo Barbosa, 24, foram executadas a tiros dentro do próprio apartamento. O crime aconteceu na madrugada de 27 de outubro de 2023, no bairro Tarumã-Açu, zona Oeste da capital amazonense.
Segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a motivação do crime foi a rivalidade entre facções criminosas. Cloves e Jardson eram, respectivamente, irmão e sobrinho de Zé Roberto da Compensa, conhecido líder do tráfico local.
Dupla que matou pai e filho por rivalidade entre facções é condenada
Os criminosos alugaram um apartamento no mesmo bloco onde as vítimas moravam para planejar e executar o ataque. Durante a madrugada, invadiram o imóvel e dispararam várias vezes contra Cloves e Jardson, que não tiveram chance de defesa.
Miqueias Lima da Silva foi condenado a 27 anos, um mês e 15 dias de prisão por duplo homicídio simples. Já Murilo Marinho de Araújo recebeu pena de 54 anos, dois meses e 29 dias por duplo homicídio qualificado, com uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e por motivo torpe.
Outros envolvidos foram absolvidos ou seguem foragidos
Outros acusados também estavam no processo:
- Leonardo Bulcão Dutra e Jackson Santana de Souza foram absolvidos por falta de provas.
- Samuel Carvalho da Silva morreu durante o andamento do processo e teve a punibilidade extinta.
- Jhonson Alves Barbosa está foragido e teve o processo suspenso por não ter sido localizado.
Apesar da absolvição, Leonardo segue preso por condenação anterior por roubo majorado, segundo decisão da 6.ª Vara Criminal de Manaus.
Condenações ainda cabem recurso
A sentença ainda não é definitiva. As defesas podem recorrer da decisão dos jurados, conforme prevê a legislação brasileira.
O caso chocou a população pela frieza da execução e pela ligação direta com o tráfico de drogas. A condenação dos envolvidos reforça o combate à violência ligada ao crime organizado em Manaus.
Para acompanhar outras decisões do TJAM, acesse o site oficial do Tribunal de Justiça do Amazonas.