Uber é condenada a pagar R$ 10 mil por agressão contra passageira

A Uber foi condenada a pagar R$ 10 mil a uma passageira agredida por uma motorista em Manaus. A decisão da Justiça do Amazonas é definitiva e não cabe mais recurso.

O caso aconteceu em outubro de 2024, quando a vítima, acompanhada da mãe de 86 anos, solicitou uma corrida até o Hospital Delphina Aziz. Durante o trajeto, um pedido simples virou motivo de agressão.

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Uber é condenada após agressão em corrida em Manaus

A passageira pediu que a motorista ligasse o ar-condicionado, mas teve o pedido negado. A recusa gerou uma discussão que terminou em violência física. A motorista encerrou a corrida na Avenida Joaquim Nabuco e pediu que as duas saíssem do carro.

Ao descer, a passageira bateu no vidro do veículo. Foi nesse momento que a motorista reagiu com tapas, empurrões e até mordidas. A vítima teve o celular quebrado, as roupas rasgadas e sofreu várias escoriações.

Justiça reconhece responsabilidade da Uber

Mesmo sendo um serviço de intermediação, o juiz entendeu que a Uber tem responsabilidade sobre a conduta dos motoristas cadastrados na plataforma. A empresa foi condenada a pagar indenização por danos morais.

Em nota, a Uber lamentou o ocorrido e afirmou que o uso da violência é inaceitável. A empresa orienta que motoristas e usuários evitem conflitos e acionem a polícia em casos de ameaça.

Casos de violência envolvendo motoristas de aplicativo

Esse não é um caso isolado. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cresceu o número de denúncias de agressões em corridas por aplicativos nos últimos anos.

Em 2023, foram registrados mais de 1.200 casos de violência envolvendo motoristas ou passageiros em todo o país. A falta de fiscalização e a dificuldade de responsabilizar os envolvidos dificultam a prevenção.

Especialistas defendem que as plataformas precisam investir mais em treinamento, monitoramento e suporte para evitar situações como essa.

Como denunciar agressões em corridas por aplicativo

Passageiros que se sentirem ameaçados ou agredidos devem registrar boletim de ocorrência imediatamente. Também é possível denunciar o caso diretamente no aplicativo.

Em casos graves, a vítima pode procurar a Defensoria Pública ou o Ministério Público para buscar reparação judicial. A condenação da Uber em Manaus reforça que as empresas não estão isentas de responsabilidade.

Para saber como agir em situações de risco, acesse este guia do Ministério da Justiça.

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