Dois municípios do Amazonas oficializaram situação de emergência nesta semana. Apuí e Barcelos enfrentam crises provocadas por eventos climáticos extremos.
As prefeituras publicaram decretos visando acelerar respostas emergenciais. Ambos os casos envolvem danos severos à infraestrutura e riscos à população.
Apuí declara emergência por enchentes do Rio Madeira
O município de Apuí publicou o Decreto nº 011/2025 no dia 28 de março. O prefeito Antonio Marcos Maciel Fernandes assinou a medida.
Segundo o documento, a cheia do Rio Madeira causou estragos significativos. A BR-230, principal ligação com Manaus e Rondônia, está intransitável.
Isso comprometeu o abastecimento de alimentos e combustíveis na região. Moradores já enfrentam desabastecimento e restrições de mobilidade.
O decreto autoriza:
- Mobilização de todas as secretarias e da Defesa Civil local
- Ações de intervenção em propriedades privadas, se necessário
- Dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços urgentes
- Execução de obras emergenciais com validade de até um ano
O documento tem vigência de 180 dias, com possibilidade de prorrogação.
Barcelos prorroga decreto de emergência por chuvas
Já em Barcelos, a prefeita em exercício Francislene de Braga Moreira prorrogou a emergência. O Decreto nº 083/2025 foi publicado em 31 de março.
A medida estende o estado de emergência já declarado em janeiro. As chuvas intensas causaram danos estruturais e riscos à segurança urbana.
Serviços públicos essenciais ficaram comprometidos. A prefeitura aponta ameaças de colapso em parte da infraestrutura da cidade.
A prorrogação é válida por 90 dias, a partir de 1º de abril. Ela viabiliza a continuidade das ações de assistência e recuperação.
Enchentes e chuvas colocam Amazonas em alerta
A sequência de decretos reflete o avanço dos impactos climáticos no estado. Tanto as enchentes fluviais quanto as chuvas torrenciais afetam áreas críticas.
Em anos anteriores, episódios semelhantes causaram grandes prejuízos na região Norte. Segundo a Defesa Civil do Amazonas, 2025 já registra índices pluviométricos acima da média.
A situação de Apuí e Barcelos lembra o cenário enfrentado por Manacapuru e Itacoatiara em 2021, quando enchentes afetaram mais de 30 mil pessoas em menos de três meses.
Medidas visam acelerar resposta emergencial
Os decretos permitem ações mais ágeis, especialmente em compras públicas. A dispensa de licitação possibilita suprir as necessidades imediatas da população.
Além disso, autoriza intervenções em áreas privadas, quando a segurança estiver em risco. Essa previsão segue a Classificação Brasileira de Desastres (COBRADE).
Apoios estaduais e federais também podem ser solicitados com base nos decretos. A medida facilita o acesso a recursos do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Municípios esperam apoio para reconstrução
Tanto Apuí quanto Barcelos ainda avaliam os prejuízos totais. A estimativa é de que os danos superem milhões de reais em infraestrutura.
Moradores afetados pedem rapidez no envio de alimentos e água potável. A Prefeitura de Apuí informou que aguarda resposta do Governo Federal para apoio logístico.
Já em Barcelos, o foco está na reparação urbana e contenção de encostas. Segundo a Defesa Civil local, há risco de deslizamentos em áreas de morro.
As autoridades pedem que a população evite áreas de risco e siga as orientações dos órgãos oficiais.