Um policial federal teve a prisão decretada por suspeita de facilitar o tráfico de drogas no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Ele é um dos alvos da Operação Gatekeeper, que investiga um esquema criminoso que enviava entorpecentes para outros estados e países.
Além do agente, outras três pessoas também tiveram a prisão preventiva decretada. A Justiça Federal determinou ainda o afastamento do policial de suas funções públicas.
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Policial federal ajudava traficantes a burlar fiscalização
As investigações apontam que o policial federal se aproveitava do cargo para facilitar a passagem das drogas pelo aeroporto. Ele teria usado sua posição para driblar a fiscalização e garantir que os entorpecentes fossem despachados sem serem detectados.
No total, os agentes cumprem quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos.
Operação Gatekeeper mira tráfico internacional
A operação foi deflagrada após meses de monitoramento do grupo criminoso. Segundo a Polícia Federal, os investigados tinham uma estrutura organizada para enviar drogas para fora do país, utilizando rotas aéreas.
O Aeroporto Eduardo Gomes, um dos principais pontos de embarque da região Norte, já foi alvo de outras ações contra o tráfico internacional. Em operações anteriores, agentes apreenderam grandes quantidades de drogas escondidas em bagagens.
Tráfico de drogas em aeroportos cresce no Brasil
Casos como esse não são isolados. O tráfico de drogas em aeroportos brasileiros tem crescido nos últimos anos. Segundo dados da Polícia Federal, houve um aumento significativo nas apreensões de drogas em terminais aéreos.
Em 2023, mais de 30 toneladas de drogas foram interceptadas em aeroportos do país. O uso de funcionários corruptos para facilitar o transporte ilegal tem sido uma das principais estratégias das organizações criminosas.
Próximos passos da investigação
Os presos na Operação Gatekeeper serão interrogados e podem responder por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa e corrupção. A Polícia Federal segue investigando se há mais envolvidos no esquema.
O policial federal preso pode ser expulso da corporação caso seja condenado. O caso segue sob sigilo judicial.