A Polícia Federal indiciou o senador Eduardo Braga (MDB-AM) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, publicou o Uol.
Ele é acusado de atuar para favorecer o grupo Hypermarcas, atual Hypera Pharma, do ramo farmacêutico, no Congresso em troca de pagamentos de propina.
A PF enviou, sob sigilo, o relatório final do inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto após seis anos de tramitação.
O documento já foi encaminhado pelo relator do processo, ministro Edson Fachin, à Procuradoria-Geral da República, que irá decidir se apresenta ou não denúncia contra o emedebista.
20 milhões de reais em propinas
No relatório final do inquérito, a PF constatou que a Hypermarcas pagou 20 milhões de reais em propinas a Renan, Eduardo Braga e Jucá. O montante chegou aos emedebistas através do empresário Milton Lyra, apontado pela PF como lobista do MDB.
Os senadores, por sua vez, atuaram em favor da farmacêutica em um projeto de lei sobre incentivos fiscais a empresas, que tramitou no Senado entre 2014 e 2015.
Lava Jato
Aberto em 2018 a partir da delação premiada de Nelson Mello, o inquérito é um desdobramento da Operação Lava Jato.
Na delação, o ex-diretor da Hypermarcas admitiu ter firmado contratos fictícios com empresas indicadas por Milton Lyra, visando repassar os valores aos senadores.
O empresário Milton Lyra também foi indiciado por lavagem de dinheiro.