PF e Exército Brasileiro combatem garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé e crimes transfronteiriços

A Polícia Federal concluiu nesta sexta-feira, 15/12, a Operação Mamon, realizada em conjunto com a Operação Ágata Fronteira Oeste II do Exército Brasileiro. Ação teve o objetivo de reprimir os ilícitos ambientais de extração ilegal de ouro e usurpação de bens da União ocorridos no interior da Terra Indígena Sararé situada no município de Pontes e Lacerda/MT.

Foram 3 dias de incursões pela floresta com a finalidade de promover a desintrusão dos garimpeiros que atuam na região de forma ilegal, bem como inutilizar maquinários e destruir utensílios utilizados na atividade criminosa.  Foram utilizadas aeronaves para o acompanhamento e proteção das equipes que atuaram em solo. Durante as buscas aéreas foram localizados maquinários e petrechos utilizados pelos criminosos, muitos dos quais estavam escondidos nas matas.

Nessa etapa dos trabalhos de repressão e fiscalização no interior da TI Sararé, foram inutilizadas 17 pás carregadeiras e 17 motores de dragagem, além de terem sido localizadas diversas estruturas de madeira usadas pelos garimpeiros como bases. A medida foi necessária, diante das circunstâncias, para evitar o uso e aproveitamento indevido desses bens, encontrados em toda a extensão da área protegida, cuja remoção mostrou-se inviável. Os prejuízos estimados para a organização criminosa com a destruição dos equipamentos são da ordem de 20 milhões de reais.

Concomitantemente, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, em propriedades rurais que fazem limite com a TI Sararé, para a apuração de indícios de que sejam utilizadas como base para os criminosos e acesso ilegal ao território indígena, tanto de pessoas quanto dos maquinários.

A Operação Mamon, contou também com a participação do IBAMA, FUNAI, Força Nacional e do Centro Integrado de Operações Aéreas de Mato Grosso – CIOPAer/MT, em todo planejamento e execução do trabalho.  

A articulação e integração entre as instituições que possibilitam a otimização dos meios e do capital humano empregados, com economia dos recursos públicos envolvidos.

As investigações continuam daqui para frente para análise dos elementos colhidos durante as buscas com a finalidade de identificar os financiadores dessa atividade ilegal, além de descapitalizar as organizações criminosas que, ao atuarem com impactos sobre a Terra Indígena Sararé, causam danos ambientais irreversíveis.

Related posts

Senadores aproveitam reforma e emplacam R$ 3,5 bi para refinaria em Manaus

Tribunal de Contas do Amazonas afasta conselheiro acusado de injúria

Operação do MPRJ prende ex-deputado por venda ilegal de terrenos