O vigilante Caio Claudino de Souza, de 26 anos, assassino confesso da servidora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Silvanilde Ferreira foi solto pela Justiça do Amazonas nesta segunda-feira (3), em Manaus.
A decisão da liberdade do assassino, foi proferida pela desembargadora Mirza Telma. Na decisão, a magistrada condicionou a liberdade de Caio à aplicação de medidas cautelares, como a necessidade de usar tornozeleira eletrônica e de não poder sair da capital sem autorização da justiça. Caso ele descumpra, poderá voltar à cadeia.
A servidora do Tribunal Regional do Trabalho, Silvanilde Ferreira Veiga, de 58 anos, foi morta no seu próprio apartamento, dia 21 de maio de 2022, no Condomínio Gran Vista, no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. O corpo foi encontrado pela filha da vítima.
Confira a nota na íntegra, divulgada pela filha da vítima, Stephanie Veiga.
“Recebi na data de hoje, uma notícia inaceitável e é com extrema tristeza e indignação a notícia de que fora concedida a liberdade ao assassino da minha mãe. Em sua decisão, a Desembargadora alega que o assassino está preso há mais de 10 meses e esse excesso de prazo seria motivo para colocá-lo em liberdade, porém, creio que fora levada a erro pela defesa do acusado, uma vez que o processo só não tem andado em razão dos inúmeros pedidos feitos por esta, alegando não ter como apresentar a resposta à acusação em razão de diligências imprescindíveis.
Como podem eles mesmos atrasarem o processo e isso ser argumento para colocar o assassino em liberdade? Onde está de fato a justiça? Ele praticou um crime bárbaro, por motivo vil – subtrair bens da minha mãe de forma tão cruel – e não pode de nenhuma forma ser considerado alguém apto a estar em liberdade, transitando em meio a pessoas de bem, como se não tivesse cometido um crime hediondo. Não consigo aceitar como justa uma decisão que deixa à solta uma pessoa considerada um assassino, colocando em risco a vida de outras pessoas inocentes e de bem que agem dentro da lei, assim como a minha mãe que sofreu tamanha crueldade de forma indefesa”, concluí.